Feliz dia da mãe!
Eu sei que não fui fácil.
O parto foi uma chatice, não estava com grande vontade de vir espreitar este mundo cá fora. E depois dei de caras com aquele médico com ar de António Variações... Óbvio que abri as goelas, estava a tentar fazer um dueto com ele.
Cresci. Comia mal. Se fosse Nestum estava tudo bem. Parti a cabeça mais vezes do que aquelas que consigo contabilizar. Ok, se calhar já era o fetiche precoce com enfermeiras, não sei.
Os anos passaram. Tornei-me rebelde. Demasiado rebelde para o teu gosto. Mas mesmo assim estiveste lá sempre. Ok, com as devidas críticas à ausência de corte de cabelo.
O que nos leva ao dia de hoje. Adoro-te mas tens um feitio de m*rda. E digo isto com todo o carinho. O que explica basicamente o feitio de m*rda que eu tenho. E quando dois feitios assim chocam, é desastre absoluto. Somos argumentativos, defendemos as respectivas damas até à exaustão.
Eu amo-te, sabes disso. Mas és levada da breca. Mas também és a única pessoa à face da terra capaz de me meter na ordem com um olhar. E ocasionalmente isso faz-me falta.
Love ya, mother cat!